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A 11a. Carta de Boron por Gary Halbert
Se você virar a página, mostrarei como é um típico envelope externo de mala direta - Minusletter #17
Análise de Gary Halbert Sobre a própria Carta de Boron de número 11
Dessa vez, você vai ler a análise das Cartas de Boron realizada do ponto de vista do próprio autor.
Trata-se de um teste que Rodrigo Simonsen e eu discutimos no EP. 43 do TUDO É COPY - podcast sobre copywriting em que levantamos uma tese.
Sua formação como copywriting depende das referências em que você se inspira. Seu estilo é uma mimetização dos estilos de suas diversas referências.
Sua originalidade surge daí. Seu carisma explode desse gatilho. É um trabalho de uma vida inteira, colecionando culturas, perspectivas e a essência de quem você lê.
Parece complicado, mas é simples e intuitivo. Se você cultiva hábitos de leitura e análise de outros autores, passa a incorporar seu estilo em sua própria escrita. Sem mesmo perceber.
Eis o porquê de o recomendarem escrever uma copy por dia. Ler uma copy por dia.
É o que estou fazendo depois de ler as 25 Cartas de Boron de Gary Halbert.
Nessa análise, decidi escrever como se fosse o próprio Gary se comunicando ao seu filho. É um teste em busca do meu próprio estilo.
Eis o que aprendi dessa carta, do ponto de vista do próprio Gary. Boa Leitura.

Dessa vez você vai abrir o envelope de dentro do Federal Boron Prison Camp, hoje abandonado.
Contexto da Carta
Esta carta, escrita para meu filho Bond, continua o ensinamento sobre marketing direto, focando em como projetar uma campanha de correio direto (DM) eficaz.
Na carta anterior, discutimos a criação de um relatório sobre investimento imobiliário, e agora estamos prontos para projetar a promoção de DM (direct marketing).
Introdução do Título do Relatório:
Continuação Natural: Começo revisando o título do relatório, reforçando a importância de um título forte, mas flexível para melhorias futuras.
Importância da Preparação: Saliento a importância de extrair informações valiosas de várias fontes para criar um produto de qualidade.
Primeira Impressão: O Envelope Externo:
Erro Comum dos Correios Diretos: Critico a prática comum de usar "teaser copy" no envelope, que sinaliza ao destinatário que é uma mensagem comercial.
Divisão de Correspondência (A-Pile, B-Pile): Introduzo o conceito de A-Pile (correspondência pessoal) e B-Pile (correspondência comercial), destacando a necessidade de fazer com que nosso envelope se pareça com A-Pile para garantir que seja aberto.
Exemplo de Envelope B-Pile: Descrevo um envelope típico de B-Pile, que é frequentemente ignorado ou descartado sem ser aberto.
Obs. RDP - Em nossos dias, podemos relacionar com os e-mails que enviamos, seus títulos e prévias.
É o que fará seu lead abrir (o e-mail) e ler seu conteúdo. Também é o que determinará se sua mensagem vai direto para a caixa de spam (as plataformas tem muita atuação nessa seleção, é importante saber como funcionam e suas nuances) ou como disse Gary, se a seleção irá para a Pilha A ou Pilha B em relação ao interesse de leitura do lead.
Design do Envelope A-Pile:
Envelope Pessoal: Demonstro como criar um envelope que parece pessoal, usando apenas um endereço de retorno e um selo de 1ª classe real, além de um endereço manuscrito ou digitado.
Garantia de Abertura: Enfatizo que quase todos que receberem este envelope irão abri-lo devido à sua aparência intrigante e pessoal.
Importância de Ser Aberto:
Chance de Venda: Destaco que a correspondência não aberta nunca resulta em vendas, portanto, garantir que o envelope seja aberto é crucial.
Capturando a Atenção com a Carta:
Usando “Grabbers”: Sugiro usar algo intrigante, como um pequeno saco de terra anexado à carta, para capturar a atenção do leitor.
Obs. RDP. Isso é engraçado. Imagine-se recebendo um envelope com um pequeno saco cheio de terra anexado do lado de fora do envelope. Nada mais escrito além de seu nome e o do destinatário. Se você não tiver curiosidade de abrir o envelope para saber o que diabos é aquilo, você morreu por dentro.
Gary era genial e engraçado ao mesmo tempo. Sabia como ativar curiosidade nas pessoas e o fazia com ironia e sarcasmo.
Claro que você não vai conseguir anexar uma saco de terra ao seu e-mail. Ao menos literalmente. Então procure seu “saco de terra” no título e prévia de sua mensagem. Vai ser mais fácil e mais adequado ao digital que vivemos.
Exemplo de Carta: Descrevo a carta com um saco de terra, destacando a importância de um cabeçalho datado e uma saudação pessoal.
Segredos do DM:
Atenção Qualitativa: Explico que o uso de "grabbers" e um cabeçalho datado aumentam a curiosidade e a atenção focada do leitor.
Continuação Amanhã: Provoco o leitor com a promessa de continuar a explicação na próxima carta.
Reflexão e Conclusão
Sobre Marketing Direto:
Primeira Impressão: No marketing direto, a primeira impressão é crucial. Um envelope bem projetado que parece pessoal aumenta significativamente as chances de ser aberto.
Curiosidade e Atenção: Usar elementos intrigantes, como "grabbers", é uma técnica eficaz para capturar e manter a atenção do leitor.
Preparação e Personalização: Preparação diligente e personalização são fundamentais para o sucesso em campanhas de marketing direto.
Conselho:
Consistência e Persistência: No marketing e na vida, a consistência e a persistência são chave. Continuar se movendo e ajustando suas estratégias garante que algo de valor sempre emergirá.
Inovação e Adaptação: Esteja sempre disposto a inovar e adaptar suas abordagens. O que funciona hoje pode precisar de ajustes amanhã, e a disposição para experimentar novas táticas é essencial.
Ao seguir esses princípios, qualquer aspirante a marqueteiro pode aprimorar suas habilidades e alcançar o sucesso. Como eu, Gary Halbert, sempre acreditei, o movimento contínuo e a busca incessante por melhorias são a base para conquistas duradouras.
Até amanhã, Bond. Um abraço de seu pai, Gary.
P.S. Ironicamente, é Dia dos Pais no momento em que escrevo essa análise. E sinto-me escrevendo para meu próprio filho @eduardo.tet ao mesmo tempo em que gostaria de receber essa carta de meu pai.
P.S.2. Obrigado por ter lido até aqui. Se você prestou bem atenção, a análise segue exatamente o estilo e caldo de cultura de Gary Halbert já vistos em suas cartas anteriores. No entanto, tem elementos do @minusfour que, inevitavelmente, foram incorporados a medida da leitura e de sua produção.
Portanto, o que você leu não foi uma carta de Gary Halbert, tampouco uma de @minusfour. Foi a recriação, a partir de uma mistura de estilos (ou modelação como queira) ressignificados.
Teste isso com seus materiais também. Ampliará horizontes e vai deixá-lo com a sensação de ter criado um novo legado. Bom para a carreira.
Um abraço do @minusfour