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A 13a. Carta de Boron por Gary Halbert
Você notou como utilizei, nesta carta, muitas ideias sobre as quais falei ontem? Minusletter #19
Gary Halbert, um dos mais influentes copywriters do século XX, está escrevendo uma série de cartas para seu filho Bond, enquanto está preso no Boron Federal Prison Camp.
Nessas cartas, Halbert compartilha lições valiosas sobre marketing direto e copywriting, utilizando seu próprio contexto de vida como uma ferramenta didática.

Você notou?
Estamos na carta de número 13 e o que mais me impressiona nela, em particular, é o cuidado que Halbert tem em entender como funcionam os correios dos EUA nos anos em que mais utilizou seus serviços.
Não como funcionam os correios exatamente, mas o cuidado que Gary tem em entendê-lo para imprimir funcionalidade à sua copy e psicologia aplicada.
É, de fato, o que Gary Vaynerchuck apontaria em seu livro JAB, JAB, JAB, RIGHT HOOK anos mais tarde em 2012:
Entenda, sobretudo, as nuances e como funciona cada plataforma (do ambiente digital) e adapte sua comunicação a cada uma das que desejar utilizar.
NÃO COPIE E COLE O MESMO TEXTO E FORMATO EM TODAS ELAS.
Gary Vee não estava sendo óbvio. Estava ensinando o que havia aprendido com seus antecessores (nesse caso seu homônimo Halbert).
Coisa fabulosa, Senhoras e Senhores, somente perceptível aos olhos mais atentos e a quem, naturalmente, leu os dois autores.
Putz, Minus, mas você não está publicando as cartas! Como posso saber?
Bem, primeiro você vai ter que ler as cartas, não tem jeito. Se quiser entender o que eu mesmo compreendi quando as li.
Segundo que não é esse o objetivo de meu trabalho. Tão somente analisá-las em um exercício pessoal de melhorar minha copy.
Terceiro que acabei de te revelar o grande segredo de todo copywriter que se preze, e nem é tão segredo assim, pois a imensa maioria dos profissionais repetem a exaustão de que esse é seu próprio método:
Leia os antigos e forme seu próprio estilo.
Quarto que você está lendo as cartas a medida que lê minhas análises, sabe porque?
Porque em cada uma delas (lembre-se, estamos na 13a.) eu tento mimetizar o estilo de Gary ao escrever para seu filho. Pontuo as técnicas, os detalhes, os gatilhos sem mencioná-los, coisa que Halbert também faz na suas cartas.
E posso te dizer francamente? Que exercício maravilhoso está sendo colocar isso em prática. Você não tem ideia do resultado que estou obtendo todos os dias ao concretizar este exercício.
Quer dizer, eu presumo que tenha sim alguma ideia. Se estiver sentido alguma emoção ao ler estas análises, então você está atendendo exatamente ao que me propus que você sentisse ao escrevê-las.
Pense nisso só um minuto. Me xingue (ou agradeça) depois!
Você está gostando das análises? Veja as outras publicadas anteriormente e me diga aí nos comentários.
Vamos à carta. Aqui está o que aprendi nessa 13a. edição da Análise das Cartas de Boron de Gary Halbert:
Resumo
Introdução e Ambiente:
Halbert descreve seu local atual de escrita (no topo de "The Hill", em Camp Boron), criando uma conexão íntima e pessoal com o leitor.
Ele menciona um coelho bebê próximo a ele, adicionando um toque humano e visual à narrativa.
Reflexão Pessoal:
Compartilha a conversa com a mãe de Bond e expressa sua preocupação com as pressões financeiras e emocionais que ela enfrenta.
Recorda uma observação sábia de Bond sobre aprender a resolver problemas financeiros, destacando a importância das adversidades como oportunidades de aprendizado.
Estratégia de Continuar em Movimento:
Halbert enfatiza a importância de continuar agindo positivamente mesmo em tempos difíceis, em vez de ceder à inércia ou à procrastinação.
Uso de SRE (Stamped Reply Envelopes):
Explica como utilizar um SRE para induzir um sentimento de culpa e aumentar a taxa de resposta em cartas de vendas.
Exemplo de texto para SRE: Apela para a exclusividade da oferta e pede uma resposta rápida, mesmo que seja para declinar a oferta.
Psicologia do "Quase Não":
Discute como pedir ao destinatário que responda negativamente pode, paradoxalmente, levar a mais respostas positivas.
Explica que o ato de preparar uma resposta negativa pode levar o destinatário a reconsiderar e aceitar a oferta.
Comparação de Tipos de Envelopes:
BRE (Business Reply Envelopes):
Vantagens: Facilita a resposta do cliente e é mais barato, pois só se paga pelo retorno dos envelopes enviados.
Desvantagens: Atrasos no correio, falta de personalização, e menor eficácia para induzir culpa.
PSH (Place Stamp Here) Envelopes:
Vantagens: Mais pessoal do que BRE e mais barato do que SRE.
Desvantagens: Menos conveniente para o cliente, o que pode reduzir as respostas.
Reflexão sobre Envelopes:
Halbert sugere que mais profissionais de marketing testem os PSH envelopes, prevendo resultados surpreendentes.
Expressa cansaço de falar sobre envelopes e anuncia a mudança de tópico para a próxima carta.
Encerramento:
Indica que o tempo de escrita acabou e que ele precisa se apresentar para a contagem dos presos.
Termina com uma nota carinhosa, demonstrando seu afeto e preocupação contínua pelo filho.
Conclusão e Sabedoria para Iniciantes e Intermediários em Marketing:
Continuidade e Resiliência:
A importância de manter o movimento positivo em tempos difíceis não pode ser subestimada. Proatividade é essencial.
Personalização e Imersão:
Detalhes pessoais e descritivos criam uma conexão mais forte e envolvente com o leitor. Use sua própria experiência para enriquecer suas mensagens.
Testar e Analisar:
Sempre teste diferentes abordagens e analise os resultados. Pequenas mudanças podem ter grandes impactos nas respostas dos clientes.
A Sabedoria de Halbert:
A simplicidade e a autenticidade nas comunicações são fundamentais. Seja honesto e direto, mas também criativo e estratégico.
Aprenda a transformar adversidades em oportunidades de aprendizado e crescimento. Isso não só enriquece sua vida pessoal, mas também aprimora suas habilidades profissionais.
Gary Halbert nos ensina que a essência do copywriting eficaz está na habilidade de se conectar genuinamente com o leitor, entender suas necessidades e responder de forma autêntica e estratégica.
Um abraço do @minusfour e até a próxima