Análise das Cartas de Boron de Gary Halbert

Escritas em 1984 enquanto Gary estava preso na Prisão Federal de Boron - Minusletter #01

As Cartas de Boron por Gary Halbert

“Nos últimos anos, as mídias sociais passaram por uma grande mudança, deixando de ser baseadas em pessoas para se basearem em interesses. Em muitos aspectos, é um regresso às suas raízes – e as suas implicações podem ser boas para todos nós.”

Laura Porto Stockwell escreveu isto em Novembro de 2022 na sua newsletter do Medium.

Passados quase dois anos dessa percepção, tenho minhas dúvidas se é ou foi realmente bom…

Já faz um tempão (e pode ser esses dois anos aí desde que Laura levantou essa bola) que não vejo um post de amigo, familiar ou pessoa aleatória que sigo nessas redes sociais (FB, IG, X e por aí vai).

O que mais vejo são memes, indicações de grupos, anúncios pra caramba, soft porn (bixo, soft porn) e indicações de mais gente estranha (as quais até sigo a partir da indicação e depois de um tempo elas somem, engolidas pelo algoritmo do interesse).

Fato é que deixei de socializar, o que a princípio era o intuito ao ter ingressado em uma rede social, para consumir conteúdos sugeridos pela plataforma que “acredita” que eu esteja interessado em tal assunto.

E assim seguimos há anos. Vendo nosso comportamento em redes sociais sendo formatado por robôs.

No documentário “O Dilema da Rede” isto fica evidente, até em tom de denuncismo, como essa formatação de comportamento está nos deixando burros.

Quanto mais se clica em “Sugeridos para você” das plataformas, mais o algoritmo se retroalimenta das suas “preferências” e mais ele sugere a você essa “bullshitagem” que você consome involuntariamente.

É. Involuntariamente.

Não foi você que escolheu não. É só lembrar do primeiro “sugerido” que clicou e vai identificar porque estão aparecendo diversos semelhantes na sua timeline.


E também vai se dar conta de que não vê o que posta seu amigo ou sua amiga há um bom tempo.

Cairam no limbo.


Não vejo uma professora de escola postar nada há anos, e eu era assíduo seguidor de seu conteúdo. O algoritmo de interesse me obrigou a pesquisar por seu nome para saber o que estava acontecendo. E adivinha?


Ela continuava assídua na geração de conteúdo. Interagi com um deles e ela, com muita surpresa, me responde: Que bom vê-lo por aqui, sumido!


Bom não sei você, mas estou um pouco de saco cheio disso. E por isso resolvi iniciar uma newsletter.


Em busca de relacionamento, sabe? Não relacionamento amoroso, como pensam os maliciosos, mas relacionamento social que é o que deve acontecer nesse mundo digital.


Claro que deve haver memes, vendas e todo tipo de negócio na internet, nem estou querendo que isso acabe ou diminua, só acho que um dos elementos fundamentais das redes sociais, que é o relacionamento, não deve ser tratado como o patinho feio.


E identifiquei na newsletter -As Cartas de Minus - essa oportunidade.


Oportunidade de saber se nesse mundão digital de Meu Deus tem mesmo pessoas reais como dizem os gurus por aí.


Oportunidade de conversar com estas pessoas e também saber o que pensam.

Sobre tudo.

Sobre a vida, sobre saúde, sobre negócios, sobre diversão, sobre o futuro incerto e gerador de ansiedade.


Mas sobretudo sobre histórias. É,sobre histórias, pois sou escritor e escritores gostam de histórias.


E histórias geram relacionamentos. E bastante aprendizado.


E é o que você também encontrará ao assinar minha a MinusLetter ou As Cartas de Minus (eu vou usar estes dois nomes para esse meu ativo).


Nesta primeira edição, vou analisar as Cartas de Boron, escritas por Gary Halbert em 1984, enquanto estava preso na Prisão Federal de Boron.


Gary escreveu vinte cinco cartas em vinte e cinco dias consecutivos para seu filho Bond, na tentativa de ensiná-lo o pouco que sabia sobre marketing, copywriting e essencialmente sobre a vida.


Aos 46 anos, depois de ter enriquecido e falido por duas vezes, e cumprido uma carreira excepcional como copywriter, Gary acreditou que tinha algo a compartilhar com seu filho, na época com 16 anos.


E tinha, viu! Suas cartas, ao se tornarem públicas - Gary condensou-as em um livro e Bond já disponibilizou todas na internet - influenciaram uma geração de profissionais de marketing à época em que foram escritas.


E continuam influenciando até hoje.

A despeito da tecnologia analógica utilizada por Gary em seu trabalho - o Marketing Direto por Correios - a essência de suas técnicas podem ser perfeitamente aplicadas aos dias de hoje e com a tecnologia digital disponível.


É até mais fácil, óbvio! É só imaginar como essa minha newsletter chega até você e o trabalho que dá em produzi-la e enviá-la, comparando com os métodos de Gary que imprimia suas correspondências em papel, envelopava cada uma delas, colocava o selinho dos correios e ainda tinha que ir até uma agência física para enviá-las.


Fato é que comecei a ler essas Cartas para aperfeiçoar minha copy. É o que todo guru diz, não é? Leia uma copy todo dia...escreva uma copy todo dia…


E os gurus até dizem porque, mas você que está ali na formação custa a entender o sentido de se estudar uma copy todo dia.


Eu vou te explicar porque nessas análises das Cartas de Boron, que pretendo ser a principal narrativa de minha nova newsletter.


Ler as Cartas de Boron melhorou minha copy. Ponto. Sem discussão.


O estilo de Gary Halbert foi incorporado ao meu estilo mesmo contra a minha vontade. Quero dizer que foi involuntário mesmo.


Se você chegou até aqui, já deve ter percebido isto. Nem é preciso voltar linha nenhuma para entender que estou conversando com você.


E é isto que você percebe desde a primeira carta de Gary, o cara conversa com você (enquanto escreve para seu filho).


Não para por aí - e aqui vou adicionar mais metalinguagem - já tenho pronta a análise das 25 Cartas de Boron, mas devo publicá-las em minha newsletter diariamente - não sei ainda - ou semanalmente.


Depende um pouco do ânimo, você sabe.


Mas o que queria dizer mesmo é que você vai notar - se acompanhar as análises diárias ou semanais - é na evolução da copy. Da minha copy. E depois da sua copy, se decidir fazer o mesmo que eu.

Analisá-las e mimetizá-las!


E como ela se aproxima e mimetiza cada vez mais a de Gary. Parece besteira, mas eu estou maravilhado com este processo do qual eu mesmo fui cobaia.


É só notar a primeira análise que deixarei aqui embaixo. E amanhã compare-a com a segunda. Depois com a terceira. A quarta e assim por diante.


Não precisa ser analítico na comparação. Somente se dê conta de que tipo de sentimento as análises surtem em você, a medida que as lê.


Depois me conta. Tenho certeza de que alguma coisa você sentirá, nem que seja raiva de quem escreveu. Mas já adianto que você, no mínimo, vai querer fazer dinheiro com o que aprendeu.

Pois é o que estou tentando fazer aqui! 😁 


Para ser honesto, foi o que aconteceu comigo a medida que lia as cartas. E o que me surpreendeu mesmo foi que Gary me fez esquecer completamente que ele escrevia de dentro de uma cela de prisão federal.


Mesmo descrevendo a rotina de uma cadeia em alguns capítulos. O estilo de escrita de Gary Halbert é tão meigo, envolvente, persuasivo e cativante que você simplesmente esquece que cometeu uma fraude fiscal e está preso por isso.


Não sei você mas eu achei fabuloso. Bom, e é esse tipo de coisa que quero dividir com você.


Hoje começaremos com a primeira Carta. Vou deixar o original aqui para você dar uma olhada também.

Está em inglês e, desculpe, não vou traduzi-la. Não vejo sentido em adaptar esse material ao Português, pois perderia a essência da conexão que Gary Halbert imprime nela.

É como assistir a filmes dublados. Você não percebe o quanto deixa de apreciar o verdadeiro sentido do que está sendo dito a você.

A primeira carta é bem introdutória e, lembre-se, você já terá o primeiro contato com meu estilo.


Meu palpite é que não haverá conexão. Ao menos não no nível da que já aconteceu até exatamente esta linha que está lendo.


É meio decepcionante o que estou te dizendo, mas por favor, continue a ler a análise. Não só essa primeira, mas todas as outras que publicarei em breve.


Te dou minha palavra de que você vai notar a diferença, vai aprender mais e mais sobre marketing e copywriting, mas principalmente vai entender o poder da conexão e do relacionamento social que tanto perdemos nessas redes sociais.


Te vejo mais tarde. Agora vamos à primeira carta ao que aprendi com a primeira Carta de Boron. 👇️ 

Gary Halbert, um renomado redator publicitário, escreveu uma série de cartas para seu filho, Bond, enquanto estava na prisão federal de Boron. 

Ele compartilhou suas experiências de vida e valiosas lições sobre marketing, saúde e sucesso pessoal e ainda publicou um livro compilando suas correspondências.

Gary Halbert

As cartas são tão importantes na literatura marqueteira que influenciaram uma geração de profissionais em sua época e influenciam até hoje ne ciência de Meu Deus: a ciência do Marketing.

Depois de ler as vinte e cinco “Cartas de Boron”, entendi que deveria analisá-las sistematicamente e compartilhar por aqui também, nesta Newsletter.

Aqui está o que aprendi sobre marketing e vida nesta primeira Carta de Boron. 

Você deveria fazer o mesmo. Gary promete uma jornada de aprendizado repleta de conselhos práticos. 

Propósito das Cartas: Gary expressa sua intenção de compartilhar conhecimentos adquiridos ao longo da vida com seu filho, abrangendo uma variedade de tópicos, desde marketing até bem-estar pessoal.

Foco na Saúde: Ele destaca a importância de cuidar da saúde física, compartilhando sua própria jornada de condicionamento físico na prisão e incentivando seu filho a adotar uma rotina de exercícios diários.

Vício Saudável: Gary descreve os efeitos positivos do exercício físico, comparando-o a um vício saudável que melhora a qualidade de vida e a clareza mental.

Persistência e Segunda Tentativa: Ele compartilha uma lição importante sobre persistência, exemplificada por sua própria experiência em superar desafios físicos e alcançar objetivos, destacando a importância de tentar novamente após o fracasso inicial.

Priorização e Eficiência: Gary introduz o conceito de priorização, exemplificado pela matriz de Covey, incentivando seu filho a focar em atividades importantes, mas não urgentes, como o exercício matinal.

A Matriz de Covey

Ao final da carta, Gary ressalta a importância de iniciar o dia com atividades que contribuam para o bem-estar físico e mental, oferecendo conselhos atemporais que se aplicam tanto ao mundo dos negócios quanto à vida pessoal.

Ele encoraja seu filho a buscar um equilíbrio entre trabalho, saúde e lazer, lembrando-o de que o sucesso vem da persistência e da disciplina.

Nada mal para quem estava preso e com um monte de tempo para escrever uma memória inteira, hein!

E decidiu escrever cartas para seu filho, pois você sabe, um escritor precisa colocar no papel tudo o que lhe passa na cabeça. Ou pifa o disjuntor!

Não perca a análise da Carta de Boron número 2 na próxima MinusLetter.

Certifique-se de que meus e-mails não foram parar na sua caixa de spam e já marca como favorito para não perder os próximos! 😁 ✌️ 

Um abraço do @minusfour

P.S. A Matriz Covey também é conhecida como Matriz de Gerenciamento de Tempo, desenvolvida por Dwight D. Eisenhower e Stephen Covey que empresta seu sobrenome ao método. De acordo com eles, a priorização das atividades está relacionada a dois fatores: a importância e a urgência.

A matriz de gerenciamento do tempo distribui as atividades em quatro quadrantes, conforme critérios de importância e urgência. Stephen Covey afirma que uma atividade pode ser: urgente e importante; não urgente e importante; urgente e não importante; não urgente e não importante, conforme figura.